A senhorinha Constantina Araujo confirmou tudo o que já tivemos oportunidade de dizer a seu respeito. Acreditamos já agora que não haja nps meios líricos brasileiros, neste momento, quem a suplante em conjunto, na sua arte de soprano dramática. Voz fácil e de escola apuradíssima, inteligência , figura excelente, nada falta para que a senhorinha Araujo venha a se projetar definitivamente. Em seu papel de ante-ontem – magnífica. Destacaremos como excepcional mesmo – a ária – “Tacea la note placida”.
A soprano Constantina Araújo foi a Leonor suave e romântica. Como Ainda, recentemente levada em récita extraordinária, deixou a melhor impressão ao público.(...) No “Trovador”, cuja parte para soprano está eivada de dificuldades, Constantina Araújo se desincumbiu com muito acerto. Sua voz é plástica , doce de timbre e bastante extensa . Sua escola de canto também é esclarecida e muito desembaraçadamente a soprano emite as notas picadas no registro agudo e atinge as notas graves sem esforço e com igualdade de timbre. Seus pianíssimos que já tive ocasião uma vez de ressaltar são delicados, de fino tecido sonoro. E ainda sua movimentação cênica é elegante e ágil e discreta.. No ato final, por exemplo, foi um “charme” e sua queda teve um travo amargo de realidade envolto numa deliciosa aragem de fantasia.”
Paulo Antônio
FOLHA DA TARDE
IL TROVATORE, Theatro Municipal de São Paulo, 1948
A figura dominadora do espetáculo foi o soprano Constantina Araujo. Apesar de persistirem algumas das insuficiências que nos permitimos apontar, quando da atuação dessa cantora nessa mesma ópera, na temporada lírica oficial do ano passado, a sua voz , enriquecida de novos matizes e liberta da natural inibição duma estreante, já se acomoda quase idealmente ao importante papel de “Leonora”. Gostaríamos, entretanto, de vê-la menos preocupada com o regente e o público, de modo a imprimir maior naturalidade ao comportamento cênico, ainda por vezes algo escolar. “Tacea la notte placida” deu-lhe oportunidade de ser vivamente vitoriada. Houve-se muito bem no 4º ato, embora um matizamento mais delicado vez por outra desejássemos nas terríveis passagens que representam D’amor sull’alli rosse” e “Mira, d’acerbe lacrime”. Inegavelmente, essa artista patrícia está em ascensão vertical.”
RICARDI – FOLHA DA MANHÃ
“Quanto à Leonora da srª Constantina Araújo, é-nos grato saudar no jovem soprano o mais dúctil talento que se tem apresentado ultimamente na cena lírica nacional , e o qual se funde de modo harmonioso com as mais belas qualidades de voz: extensa, volumosa, maleável, apaixonada. No espaço de um mês apenas, a srª Constantina Araújo encarnou Ilara, Aida, Santuzza e Leonora, dando mostras não só de uma grande versatilidade de talento dramático, como também de infatigável labor artístico , o que compensa deveras a falta de maturidade de sua arte.”
L – Diário de S. Paulo
IL TROVATORE – THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO, 1949
Com Mario Del Mônaco, Fedora Barbieri e Paulo Ansaldi, sob a regência de Túlio Serafin
Limitemo-nos , no entanto, em face da exigüidade de espaço a assinalar que a sua voz é uma das mais belas e mais puras vozes de cantoras brasileiras, que me já foi possível ouvir. E isto, não é pouco, é muito.”
Antonio Rangel Bandeira – Diário de São Paulo
A soprano Constantina Araújo foi a Leonor suave e romântica. Como Ainda, recentemente levada em récita extraordinária, deixou a melhor impressão ao público.(...) No “Trovador”, cuja parte para soprano está eivada de dificuldades, Constantina Araújo se desincumbiu com muito acerto. Sua voz é plástica , doce de timbre e bastante extensa . Sua escola de canto também é esclarecida e muito desembaraçadamente a soprano emite as notas picadas no registro agudo e atinge as notas graves sem esforço e com igualdade de timbre. Seus pianíssimos que já tive ocasião uma vez de ressaltar são delicados, de fino tecido sonoro. E ainda sua movimentação cênica é elegante e ágil e discreta.. No ato final, por exemplo, foi um “charme” e sua queda teve um travo amargo de realidade envolto numa deliciosa aragem de fantasia.”
Paulo Antônio
FOLHA DA TARDE
IL TROVATORE, Theatro Municipal de São Paulo, 1948
A figura dominadora do espetáculo foi o soprano Constantina Araujo. Apesar de persistirem algumas das insuficiências que nos permitimos apontar, quando da atuação dessa cantora nessa mesma ópera, na temporada lírica oficial do ano passado, a sua voz , enriquecida de novos matizes e liberta da natural inibição duma estreante, já se acomoda quase idealmente ao importante papel de “Leonora”. Gostaríamos, entretanto, de vê-la menos preocupada com o regente e o público, de modo a imprimir maior naturalidade ao comportamento cênico, ainda por vezes algo escolar. “Tacea la notte placida” deu-lhe oportunidade de ser vivamente vitoriada. Houve-se muito bem no 4º ato, embora um matizamento mais delicado vez por outra desejássemos nas terríveis passagens que representam D’amor sull’alli rosse” e “Mira, d’acerbe lacrime”. Inegavelmente, essa artista patrícia está em ascensão vertical.”
RICARDI – FOLHA DA MANHÃ
“Quanto à Leonora da srª Constantina Araújo, é-nos grato saudar no jovem soprano o mais dúctil talento que se tem apresentado ultimamente na cena lírica nacional , e o qual se funde de modo harmonioso com as mais belas qualidades de voz: extensa, volumosa, maleável, apaixonada. No espaço de um mês apenas, a srª Constantina Araújo encarnou Ilara, Aida, Santuzza e Leonora, dando mostras não só de uma grande versatilidade de talento dramático, como também de infatigável labor artístico , o que compensa deveras a falta de maturidade de sua arte.”
L – Diário de S. Paulo
IL TROVATORE – THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO, 1949
Com Mario Del Mônaco, Fedora Barbieri e Paulo Ansaldi, sob a regência de Túlio Serafin
Limitemo-nos , no entanto, em face da exigüidade de espaço a assinalar que a sua voz é uma das mais belas e mais puras vozes de cantoras brasileiras, que me já foi possível ouvir. E isto, não é pouco, é muito.”
Antonio Rangel Bandeira – Diário de São Paulo
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