Em 12 de fevereiro de 1954, Constantina Araújo (1922-1966), subia ao palco do Teatro Nacional da Ópera (Palais Garnier) para interpretar aquele que foi um dos principais papéis de sua carreira, o de “Rezia”, na ópera em 3 atos, “Oberon” (1826), de Karl Maria von Weber (1786-1826).
A récita inicial foi beneficente e o espetáculo contou com a presença do recém-empossado presidente da República Francesa, René Coty e esposa. A direção de cena esteve entregue a Maurice Lehmann, que se tornou conhecido por sua atuação como diretor de teatro, cinema e ópera. Os principais intérpretes foram: Constantina Araújo, o tenor sueco Nicolai Gedda, em início de carreira, Roger Bourdin e Denise Duval. No comando da orquestra, o famoso regente francês André Cluytens.
Estavam previstas 4 récitas, no entanto, o sucesso foi tamanho que acabaram sendo realizadas 30!
Constantina, que chegava a Paris carregada de êxitos obtidos em diversas capitais européias, foi recebida pela alta sociedade parisiense, em recepção à qual estiveram presentes o presidente da delegação brasileira na UNESCO, várias personalidades brasileiras, críticos e músicos franceses, dentre os quais o compositor Florent Schmidt
A crítica musical foi plena de elogios ao soprano paulista, dentro os quais destacamos:
“A parte de “Rezia” goza da justificada reputação de ser uma das mais ingratas. Ela oferece três momentos essenciais e de caráter tão diferentes, que é necessário uma cantora que disponha dos mais variados recursos para nela se mostrar perfeita: a visão, no primeiro ato, que é um murmúrio de suavidade e de ternura, a ária do segundo ato, com a maldição do oceano, toda de violência e desespero, e finalmente a cavatina do terceiro ato, repleta de lamentações ardentes. A Sra. Constantina Araújo possui uma voz esplêndida e sabe usar dela para salientar todo o patético, toda a sedução da personagem.” - Crítico e musicólogo René Dusmenil, em “Le Monde”, de 17/2/1954(transcrito de O Estado de S. Paulo)
A récita inicial foi beneficente e o espetáculo contou com a presença do recém-empossado presidente da República Francesa, René Coty e esposa. A direção de cena esteve entregue a Maurice Lehmann, que se tornou conhecido por sua atuação como diretor de teatro, cinema e ópera. Os principais intérpretes foram: Constantina Araújo, o tenor sueco Nicolai Gedda, em início de carreira, Roger Bourdin e Denise Duval. No comando da orquestra, o famoso regente francês André Cluytens.
Estavam previstas 4 récitas, no entanto, o sucesso foi tamanho que acabaram sendo realizadas 30!
Constantina, que chegava a Paris carregada de êxitos obtidos em diversas capitais européias, foi recebida pela alta sociedade parisiense, em recepção à qual estiveram presentes o presidente da delegação brasileira na UNESCO, várias personalidades brasileiras, críticos e músicos franceses, dentre os quais o compositor Florent Schmidt
A crítica musical foi plena de elogios ao soprano paulista, dentro os quais destacamos:
“A parte de “Rezia” goza da justificada reputação de ser uma das mais ingratas. Ela oferece três momentos essenciais e de caráter tão diferentes, que é necessário uma cantora que disponha dos mais variados recursos para nela se mostrar perfeita: a visão, no primeiro ato, que é um murmúrio de suavidade e de ternura, a ária do segundo ato, com a maldição do oceano, toda de violência e desespero, e finalmente a cavatina do terceiro ato, repleta de lamentações ardentes. A Sra. Constantina Araújo possui uma voz esplêndida e sabe usar dela para salientar todo o patético, toda a sedução da personagem.” - Crítico e musicólogo René Dusmenil, em “Le Monde”, de 17/2/1954(transcrito de O Estado de S. Paulo)
“Deixamos para o fim a admirável soprano dramática Constantina Araújo. Pode-se dizer que é a cantora de teatro mais completa que se ouviu em Paris depois de Kirsten Flagstad. Riqueza de uma voz imensa, que ela conduz com técnica muito segura, quer quanto à agilidade, quer quanto ao volume, sensibilidade dramática, prestígio de uma presença cênica inegável, tudo concorre para torná-la a verdadeira revelação do espetáculo.” Semanário “Arts” - (transcrito de O Estado de S. Paulo, 4/4/54)
“As vozes são belas. A da Srta Constantina Araújo é de brilhantismo magnífico, volumosa e brava. Apenas deixou a desejar nos meio-tons, onde precisamente se salienta seu parceiro Nicolai Gedda.” - Marc Pincherie - (transcrito de "O Estado de S. Paulo").
“As vozes são belas. A da Srta Constantina Araújo é de brilhantismo magnífico, volumosa e brava. Apenas deixou a desejar nos meio-tons, onde precisamente se salienta seu parceiro Nicolai Gedda.” - Marc Pincherie - (transcrito de "O Estado de S. Paulo").
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